NEFRECTOMIAS ABERTAS E VIDEOLAPAROSCÓPICAS: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS CIRURGIAS REALIZADAS NO HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ

18/04/2012 17:00

RACHEL BARBEDO PEDROSA, CARLOS EDUARDO SCANNAVINO, ARTHUR MANHÃES, JOSÉ ALEXANDRE DE ARAÚJO, PEDRO AUGUSTO REIS, PABLO CERANTE MOREIRA, JOSÉ ELIAS MANSUR, HELISANDRO MONTENEGRO*, RICARDO ABLE REZENDE, EMANUEL LEAL CHAVES**, IN XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE UROLOGIA, FLORIANÓPOLIS 2011

*Orientador, **Chefe do Serviço


INTRODUÇÃO: O método laparoscópico (VLP) é hoje comumente adotado nas cirurgias ablativas renais com resultados promissores. Contudo, a cirurgia aberta ainda é bastante realizada por não requerer equipamentos e treinamento adicionais. Realizamos uma comparação geral entre os dois métodos no Hospital Federal do Andaraí (HFA), avaliando achados durante a internação hospitalar.
 

MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 32 pacientes submetidos à nefrectomia, no período de Janeiro de 2010 a Janeiro de 2011, divididos em dois grupos (Aberta e VLP), comparando tempo operatório, taxa de transfusão, indicação e tempo de internação.
 

RESULTADOS: Foram encontrados 17 pacientes submetidos à cirurgia aberta e 15 a laparoscópica, com idade média de 53 anos. O tempo cirúrgico médio foi maior na via VLP (180min vs 141min), contudo a taxa de transfusão foi menor na VLP (6,6% vs 23,5%) que na via aberta. O tempo de internação também se mostrou favorável a VLP (4,2 dias vs 6,4 dias). As patologias benignas foram operadas 40% por cirurgias abertas e 60% por VLP, enquanto que os tumores foram operados 75% por cirurgia aberta e 25% por VLP.
 

DISCUSSÃO: Os benefícios da cirurgia laparoscópica são evidentes, determinando menor tempo de internação, taxa de transfusão, sendo o tempo cirúrgico ainda maior que a cirurgia aberta, contudo este fato não se traduziu em efeitos deletérios significativos aos pacientes. A VLP é ainda pouco indicada em nosso serviço para os tumores renais (25%), fato que vem mudando com aumento da experiência da equipe.
 

CONCLUSÃO: A cirurgia VLP mostrou-se mais segura, com menor morbidade, sendo factível em cirurgias para tumores ou patologias benignas, se tornando gradualmente a cirurgia padrão no Hospital Federal do Andaraí, em acordo com a literatura vigente.


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