NEFRECTOMIAS ABERTAS E VIDEOLAPAROSCÓPICAS: UM ESTUDO COMPARATIVO DAS CIRURGIAS REALIZADAS NO HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ
RACHEL BARBEDO PEDROSA, CARLOS EDUARDO SCANNAVINO, ARTHUR MANHÃES, JOSÉ ALEXANDRE DE ARAÚJO, PEDRO AUGUSTO REIS, PABLO CERANTE MOREIRA, JOSÉ ELIAS MANSUR, HELISANDRO MONTENEGRO*, RICARDO ABLE REZENDE, EMANUEL LEAL CHAVES**, IN XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE UROLOGIA, FLORIANÓPOLIS 2011
*Orientador, **Chefe do Serviço
INTRODUÇÃO: O método laparoscópico (VLP) é hoje comumente adotado nas cirurgias ablativas renais com resultados promissores. Contudo, a cirurgia aberta ainda é bastante realizada por não requerer equipamentos e treinamento adicionais. Realizamos uma comparação geral entre os dois métodos no Hospital Federal do Andaraí (HFA), avaliando achados durante a internação hospitalar.
MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 32 pacientes submetidos à nefrectomia, no período de Janeiro de 2010 a Janeiro de 2011, divididos em dois grupos (Aberta e VLP), comparando tempo operatório, taxa de transfusão, indicação e tempo de internação.
RESULTADOS: Foram encontrados 17 pacientes submetidos à cirurgia aberta e 15 a laparoscópica, com idade média de 53 anos. O tempo cirúrgico médio foi maior na via VLP (180min vs 141min), contudo a taxa de transfusão foi menor na VLP (6,6% vs 23,5%) que na via aberta. O tempo de internação também se mostrou favorável a VLP (4,2 dias vs 6,4 dias). As patologias benignas foram operadas 40% por cirurgias abertas e 60% por VLP, enquanto que os tumores foram operados 75% por cirurgia aberta e 25% por VLP.
DISCUSSÃO: Os benefícios da cirurgia laparoscópica são evidentes, determinando menor tempo de internação, taxa de transfusão, sendo o tempo cirúrgico ainda maior que a cirurgia aberta, contudo este fato não se traduziu em efeitos deletérios significativos aos pacientes. A VLP é ainda pouco indicada em nosso serviço para os tumores renais (25%), fato que vem mudando com aumento da experiência da equipe.
CONCLUSÃO: A cirurgia VLP mostrou-se mais segura, com menor morbidade, sendo factível em cirurgias para tumores ou patologias benignas, se tornando gradualmente a cirurgia padrão no Hospital Federal do Andaraí, em acordo com a literatura vigente.