EPIDEMIOLOGIA DOS TUMORES RENAIS NO HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ
RACHEL BARBEDO PEDROSA, CARLOS EDUARDO SCANNAVINO, DANIEL PEDRO DOS SANTOS, FABIANO JOSÉ DO NASCIMENTO, AMÉRICO MARTINS, EDUARDO ANTÔNIO VASCO DE PAULA, PABLO CERANTE MOREIRA, HELISANDRO MONTENEGRO*, RICARDO ABLE REZENDE, EMANUEL LEAL CHAVES** , IN XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE UROLOGIA, FLORIANÓPOLIS 2011
*Orientador, **Chefe do Serviço
INTRODUÇÃO: Os tumores renais são lesões indolentes em sua maioria, freqüentes na população e ainda mais em hospitais de grande porte, como o Hospital Federal do Andaraí (HFA). Analisamos a epidemiologia dos tumores renais operados no HFA, avaliando os tipos de cirurgia, fatores cirúrgicos e histologia das peças cirúrgicas.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo, sendo selecionados 12 pacientes submetidos à nefrectomia no período de janeiro de 2010 a maio de 2011, por suspeita diagnóstica de tumor renal e/ou cisto renal complexo, no HFA. Analisamos a distribuição por faixa etária dos tumores renais, os tipos de cirurgias realizadas (aberta ou por videolaparoscopia, total ou parcial), média de tempo cirúrgico e transfusão sanguínea, além de histopatologia dos tumores renais operados.
RESULTADOS: Das cirurgias realizadas para tumores renais, 25% foram videolaparoscópicas e 75% abertas. Destas últimas, 84% foram totais e 16% parciais. A média de idade dos pacientes foi de 61 anos e 41% dos pacientes tinham de 65 a 70 anos (variando de 43 a 70 anos). A taxa de transfusão foi de 16%, ocorrendo somente em cirurgias abertas. A média de tempo operatório foi de 177 minutos. No que concerne ao resultado histopatológico, os resultados foram: 66% das cirurgias eram por tumores de células claras, 25% tumores papilares (Cromófilos) e 9% de outros tumores, dentre eles um fibroma renal com metaplasia óssea e áreas de tireodização.
DISCUSSÃO: A média de idade de diagnóstico de tumores renais foi entre a 5° e 6° décadas de vida, não diferenciando de outras estatísticas publicadas na literatura, bem como o tipo histológico mais comum (carcinoma de células claras). Encontramos uma tendência maior de casos de tumores cromófilos que na literatura (25%). A videolaparoscopia foi segura e com bons resultados evolutivos, apesar de ainda pouco indicada no nosso serviço, sendo uma excelente opção de técnica cirúrgica para o tratamento dos tumores renais.
CONCLUSÃO: A distribuição etária e histológica dos tumores renais no HFA segue os padrões relatados na literatura. O tratamento videolaparoscópico, apesar de ainda pouco indicado no nosso serviço, vem ganhando força pelo baixo índice de complicações. Desta forma, após este estudo, há maior embasamento para realização de nefrectomias por tumores pela técnica videolaparoscópica em nosso hospital, acompanhando a tendência dos estudos mais atuais.